Sonhos.
Vocês já se sentiram dentro de um barco que está à deriva no oceano? Como se você estivesse tomando um remédio de alergia e está naquele sono profundo, tão denso que conseguimos pegar com as mãos. As vezes eu me sinto assim, geralmente eu sonho que estou assim, dentro de um barco, denso, no meio do oceano, não existe outra pessoa no mundo a não ser eu. Eu vejo o mar, o céu, animais, ondas, e pequenas ilhas ao meu redor, mas nada muito perto, apesar de parecer ser assustador, eu me sinto em paz, amortecida! Dormente! Estou somente existindo, eu respiro, uma, duas, três, quatro... não há pensamentos em minha volta que me façam parar, não, não tem nada, eu nem percebo, mas eu pisco, uma, duas, três, quatro...
Dentro desse barco, é tudo tão calmo! Tão serene, eu sinto o vai e vem das ondas, a brisa fresca no ar salgado, o cheiro de sol misturado com sal, o som do oceano dançando, nesse sonho decido que está eu posso mergulhar, me espreguiço, alongo, e coloco só a pontinha do pé na água, está morna, perfeita! Eu entro no mar, minhas pernas e braços se movimentos, prende o ar Ana- eu me alto digo- Um, dois, três quatro... mergulho...
Silêncio... TUM.. TUM.. TUM.. é o som do meu coração, não bate rápido, mas em sincronia com o silêncio, eu me afundo mais, agora já posso outro a música que a pressão da água faz no meu ouvido. Nesse sonho decido que posso abrir os olhos, então eu abro, primeiro o esquerdo, depois o direito, vejo nada, somente o reflexo da luz do sol no oceano, não é uma visão medonha, é lindo! Uma imensidão azul escuro, claro, médio, branco, uma pintura que fica no consultório de psicólogo, você olha para ela e olha novamente, mais uma vez! Olha de novo! E do nada você sente toda a calma no seu corpo. Nesse mar, eu não preciso pensar, meu copo só funciona o funcional, mexo os braços e pernas, eu só olho para esse azul, só, só, somente.
Algo engraçado acontece, eu não pedi para isso aparecer, pelo menos não a minha parte racional, uma orca surgi, nadando das profundezas do mar, é fêmea, eu sei que é. Ela para na minha frente, estamos curiosas uma sobre a outra, mas eu não me aproximo e nem ela, um, dois, três , quatro... Juntas eu nado até a orca, juntas a orca nada até mim, juntas nos aproximamos. Um riso sai da minha boca sem que eu soubesse que ia gargalhar, a orca, aqui eu vou nomeá-la como Manja, fez um som que pode ser considerado um riso também, juntas a gente nada por todo o lado, Manja pula sob à água e faz um shhplas por todo lado! Fiquei tanto tempo com ela, que eu ouvia seus pensamentos e ela o meu.
Até a Próxima!
A.M.
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